quarta-feira, setembro 03, 2008

Beleza e Verdade - Emily Dickinson

Morri pela beleza, mas apenas estava
Acomodada em meu túmulo,
Alguém que morrera pela verdade
Era depositado no carneiro contíguo.

Perguntou-me baixinho o que me matara:
- A beleza, respondi.
- A mim, a verdade - é a mesma coisa,
Somos irmãos.

E assim, como parentes que uma noite se encontram,
Conversamos de jazigo a jazigo,
Até que o musgo alcançou nossos lábios
E cobriu nossos nomes.

Tradução de Manuel Bandeira (IN: Meus poemas preferidos)

Um comentário:

Thaise disse...

...bizarro amigo..